Não se falou de outro assunto além da votação do Código Florestal, na abertura da 18ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia em Ação), nesta segunda-feira (2), em Ribeirão Preto. O tema esteve presente na maioria dos discursos e até uma homenagem foi feita ao deputado Aldo Rebelo, relator do projeto, que deverá ser votado nesta quarta-feira (4), devido ao apoio e incentivo ao agronegócio brasileiro.
O presidente da Agrishow, Cesário Ramalho, que também é presidente da Sociedade Rural Brasileira, defendeu a votação do Código. “Nós, produtores, não queremos o Código para desmatar, mas para regularizar a nossa atividade que vem sofrendo canetadas ao longo dos anos”, afirmou em seu discurso de abertura da feira.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, se mostrou confiante na votação. “O texto que o governo apresentou é o que considera consenso entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura e do Meio Ambiente e apresentou para o Congresso. Então, o que é consenso vai passar como consenso, o que tiver em dúvida irá a voto”, afirmou.
A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , senadora Kátia Abreu (DEM), também esteve presente à abertura da Agrishow reforçando o grupo pró-Código e tomou a bancada da cerimônia de abertura dizendo saber que houve tentativas de mudança do texto, durante o final de semana, das quais é contra. “Não podemos permitir mudanças de última hora”, afirmou. “O Brasil é o único país do mundo que abre mão das suas terras férteis”, discursou.
A informação confirmada pelo ministro Wagner Rossi. “Tentaram ‘melar’ alguns pontos (do Código Florestal)”, disse. O ministro não ficará em Ribeirão Preto durante toda a Agrishow e voltará a Brasília na terça-feira (3), após participar da abertura da Expo Zebu, em Uberaba para acompanhar a votação. “A coisa mais importante para nós é garantir as modificações do Código”, justificou.
Para o presidente da Abag, Carlo Lovatelli, a votação por si só já é um avanço. “Precisa resolver essa questão para que ela deixe de ter tantos lados e tenha um lado só e acabe com essa insegurança jurídica no campo, que está matando o nosso campo”, afirmou.
Fonte: EPTV
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