segunda-feira, 2 de maio de 2011

Votação do Código Florestal domina abertura da Agrishow


Não se falou de outro assunto além da votação do Código Florestal, na abertura da 18ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia em Ação), nesta segunda-feira (2), em Ribeirão Preto. O tema esteve presente na maioria dos discursos e até uma homenagem foi feita ao deputado Aldo Rebelo, relator do projeto, que deverá ser votado nesta quarta-feira (4), devido ao apoio e incentivo ao agronegócio brasileiro.

O presidente da Agrishow, Cesário Ramalho, que também é presidente da Sociedade Rural Brasileira, defendeu a votação do Código. “Nós, produtores, não queremos o Código para desmatar, mas para regularizar a nossa atividade que vem sofrendo canetadas ao longo dos anos”, afirmou em seu discurso de abertura da feira.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, se mostrou confiante na votação. “O texto que o governo apresentou é o que considera consenso entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura e do Meio Ambiente e apresentou para o Congresso. Então, o que é consenso vai passar como consenso, o que tiver em dúvida irá a voto”, afirmou.

A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , senadora Kátia Abreu (DEM), também esteve presente à abertura da Agrishow reforçando o grupo pró-Código e tomou a bancada da cerimônia de abertura dizendo saber que houve tentativas de mudança do texto, durante o final de semana, das quais é contra. “Não podemos permitir mudanças de última hora”, afirmou. “O Brasil é o único país do mundo que abre mão das suas terras férteis”, discursou.

A informação confirmada pelo ministro Wagner Rossi. “Tentaram ‘melar’ alguns pontos (do Código Florestal)”, disse. O ministro não ficará em Ribeirão Preto durante toda a Agrishow e voltará a Brasília na terça-feira (3), após participar da abertura da Expo Zebu, em Uberaba para acompanhar a votação. “A coisa mais importante para nós é garantir as modificações do Código”, justificou.

Para o presidente da Abag, Carlo Lovatelli, a votação por si só já é um avanço. “Precisa resolver essa questão para que ela deixe de ter tantos lados e tenha um lado só e acabe com essa insegurança jurídica no campo, que está matando o nosso campo”, afirmou.

Fonte: EPTV

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