segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
MT é referência nacional na atividade de identificação de madeira
Setor de embalagens teve mais importações em 2011
A Abre (Associação Brasileira de Embalagens) divulgou na semana passada que as exportações diretas do setor de embalagem tiveram faturamento de US$ 410.119 mil em 2010, valor que representa um acréscimo de 16,70% em relação a 2009, ano que as exportações chegaram a US$ 351.410 mil.
Como em 2009, a indústria de plásticos obteve forte desempenho (46,65%), seguidas das metálicas (21,65%) e papel, papelão e cartão (19,48%).
Já as importações de embalagens vazias tiveram um acréscimo de 70% com faturamento de US$ 794.057 mil. Estes números indicam que a balança comercial do setor ficou deficitária com US$ 410.119 mil exportados em 2010 contra US$ 794.057 mil de importação.
Fonte: Celulose Online
Poluição pode sufocar avanço da China, diz ministro de meio ambiente
Zhou Shengxian disse também que seu ministério quer incluir avaliações sobre emissões de gases do efeito estufa no processo de aprovação de projetos de desenvolvimento.
Isso daria ao ministério mais influência sobre as questões climáticas, área hoje dominada por órgãos cujo principal interesse é estimular o crescimento industrial.
"Nos milhares de anos de civilização da China, o conflito entre humanidade e natureza nunca foi tão sério quanto hoje", disse Zhou no artigo, publicado no jornal oficial de seu ministério.
"O esgotamento e exaustão dos recursos e a deterioração do meio ambiente se tornaram sérios gargalos restringindo o desenvolvimento econômico e social", escreveu ele.
Neste domingo (27), o primeiro-ministro Wen Jiabao já havia dito que a China precisa buscar um crescimento menos acelerado e mais limpo.
Fonte: G1
Babaçu pode gerar energia para cidades da Amazônia
Um estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) busca provar que é possível substituir o uso do petróleo e do diesel na geração de energia para pequenas cidades amazônicas por meio da fermentação de sobras de madeira e da queima do babaçu, fruto de palmeira de crescimento abundante na região que é pouco utilizado pela população local.
A ideia se baseou nas características das cidades amazônicas, como isolamento, dificuldades logísticas para o transporte de combustível e concentração populacional em comunidades de áreas rurais – e também na necessidade mundial de buscar fontes de energia mais limpas e menos poluentes, segundo explicou o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, doutor em microbiologia e coordenador de Pesquisas em Ciências Agronômicas do Inpa.
“Ao usar restos de madeira e frutos caídos do babaçu, a pesquisa quer mostrar que é possível reaproveitar matérias-primas hoje rejeitadas ou que não apresentam serventia aparente em sua forma natural”, destacou o pesquisador.
Para se chegar ao resultado final esperado, segundo ele, as técnicas e estudos científicos já desenvolvidos pelo instituto em outras áreas de pesquisa serão fundamentais.
Álcool de madeira – O produto final gerado pela fermentação dos restos de madeira é um tipo de álcool com propriedades ainda desconhecidas pelos pesquisadores. “Pegamos espécies diferentes de madeira, colocamos micro-organismos para fazer a fermentação e produzimos álcool”, explicou.
A ideia é utilizar a substância para alimentar usinas termelétricas de pequenas cidades. Segundo Oliveira, os dejetos e a serragem chegam a representar até 70% do volume de madeira cortada em madeireiras da Amazônia.
O emprego do babaçu na produção de energia, conforme sugere a pesquisa, é ainda mais simples: o fruto seria recolhido do chão e jogado em caldeiras de termelétricas para a produção de energia, funcionando como lenha. A pesquisadora e especialista em palmeiras amazônicas, Ires Paula Miranda, está estudando o volume de árvores de babaçu disponíveis na região para medir a viabilidade econômica e ambiental da ideia em cada cidade, especialmente no Amazonas, onde está localizada a sede do Inpa.
Ires Paula Miranda explicou que a árvore do babaçu migrou do Maranhão para o Amazonas nas últimas décadas por pressão do desmatamento. Essa característica torna a espécie ainda mais viável para o uso com biocombustível, segundo a pesquisadora.
“O babaçu tem uma capacidade de germinação enorme, cresce até no asfalto, chegando a ser considerado uma praga por pecuaristas no sul do Pará”, explicou ela, que é doutora em botânica e coordena o do Laboratório de Estudos em Palmeiras (Labpalm) do Inpa.
Potencial – O município amazonense de Barreirinha, distante 330 km de Manaus, é exemplo de potencialidade para o uso de babaçu em substituição ao petróleo e ao diesel na geração de energia. De acordo com estimativas da especialista em palmeiras da Amazônia, a cidade reúne mais de três milhões de árvores da espécie, com produção de 200 kg de fruto por planta. Além disso, a árvore do babaçu dá frutos durante todo o ano e pode ser encontrada em pelo menos 20 dos 64 municípios do Amazonas.
O valor calórico do fruto amazônico também está em fase inicial de testes, de acordo com o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, que espera concluir e publicar a pesquisa no prazo de dois anos. O estudo levantará ainda a viabilidade econômica e logística de modificar a matriz das termelétricas em pequenas cidades da Amazônia com base nos testes realizados com madeira e babaçu para apresentar às indústrias e ao governo.
Para o pesquisador do Inpa, o emprego do conhecimento científico na vida das populações da Amazônia ultrapassa os limites da proteção ambiental. “Essa cadeia fixaria o homem em sua cidade de origem, desafogando os centros urbanos, geraria emprego e renda para a população organizada em cooperativas e ainda baratearia o custo da energia elétrica”, explicou Oliveira.
Fonte: Ambiente Brasil
Emprego analista de operações florestais (silvicultura), Guaíba – RS
Dados da Vaga de Emprego
Analista de Operações Florestais
- Superior em Engenharia Florestal.
- Espanhol: intermediário.
- Necessário ter domínio de Silvicultura.
- Atuar de forma sistêmica na colheita, transporte e fomento.
- Necessário ter CNH B e disponibilidade para realizar viagens pelo RS.
Salário: R$4.500,00
Local da Vaga: Guaíba – RS
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Klabin triplica seus lucros em 2010
Em seu demonstrativo financeiro, a Klabin explica que a recuperação da economia brasileira, somada à valorização do real em relação ao dólar, fez com que ela canalizasse parte do volume destinado à exportação para atender à demanda no mercado doméstico.
Com isso, a receita líquida alcançou R$ 3,7 bilhões em 2010, valor 24% superior ao observado no ano anterior, devido aos aumentos de volume e de preços internacionais.A receita do mercado interno representou 78% da receita líquida total, comparado a 76% do total em 2009.
A produção de papéis de fibras virgens e reciclados atingiu 1,781 milhão de toneladas, aumento de frente a 2009. Já o volume de vendas de papéis e embalagens foi de 1,716 milhão de toneladas, caracterizando um avanço de 11% em relação ao ano anterior.
Por sua vez, o volume de vendas de madeira atingiu 3,113 milhão de toneladas, 65% acima de 2009. A geração operacional de caixa (Ebitda) cresceu 29% no ano, para R$ 962 milhões, contra R$ 747 milhões em 2009.
Em 2010, os investimentos somaram R$ 386 milhões, dos quais 47% foram alocados na Unidade de Negócios Papéis, 34% na Unidade de Negócios Florestal e 18% na Unidade de Negócios Conversão
Fonte: Brasil Econômico/Adaptado por Celulose Online
Setor agropecuário de Goiás avalia expansão da seringueira
MS poder se tornar uma potência nacional no sistema agrosilvipastoril
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Imazon aponta aumento no desmatamento da Amazônia
A organização não-governamental Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou nesta quarta-feira (23) relatório anual que aponta um aumento de 22% no desmatamento da chamada Amazônia Legal. O percentual é relativo a janeiro de 2011, quando foram registrados 83 quilômetros quadrados de desmatamento, em relação a janeiro de 2010, quando o desmatamento atingiu 68 quilômetros quadrados.
Segundo o Imazon --que faz um monitoramento paralelo ao do governo federal--, em dezembro de 2010, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 175 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 994% em relação a dezembro de 2009, quando o desmatamento somava 16 quilômetros quadrados.
Tanto em dezembro de 2010 quanto em janeiro de 2011 o Imazon monitorou com o SAD somente 30% da área florestal na Amazônia. Os outros 70% estavam cobertos por nuvem, o que dificultou o monitoramento na região principalmente no Amapá, Pará e Acre, os quais tiveram mais de 80% da área florestal coberto por nuvens. Em virtude disso, diz a ONG, os dados de desmatamento e degradação em novembro podem estar subestimados.
Fonte: UOL
Maioria das máquinas compradas pela indústria nacional são importadas
Publicação do Inpa quer estimular o manejo do pau-rosa nas comunidades rurais
Preços da celulose aquecem o setor, aponta estudo
Fonte: Brasil Econômico/Adaptado por Celulose Online
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Portucel teve um impacto ligeiramente positivo com o anúncio de falência da espanhola Papelera de Amaroz
US$ 400 bi é a quantia que o Brasil precisa para cortar emissões de CO2
Fonte: Folha de SP/Adaptado por Celulose Online
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Palanques e mudas para venda
Temos disponível para venda palanques para cercas de:
Pinus autoclavado - 2,10m x de 8 á 12cm - R$ 8,50 - a unidade
Eucalyptus autoclavado - 2,10m x de 8 á 12cm - R4 9,50 - a unidade
Obs. 1) Fornecemos certificado de durabilidade para 15 anos.
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Também dispomos para venda 35.000(trinta e cinco mil mudas ) de Araucária angustifolia. Sementes coletadas de árvores selecionadas,
georreferenciadas,com possibilidades de produzir aos 15 anos 50 a 100kg de pinhão. Preço R$ 1,20(um real e vinte centavos a unidade)
Mudas embaladas em sacos plásticos com dimensões de 17,00cm x 11,00cm.
Contatos com Engenheiro florestal Nilton Schneider de Souza
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Maricá deve transformar áreas verdes em unidades de conservação
Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quer transformar áreas verdes em unidades de conservação. Um projeto de lei pode garantir a preservação das matas. Com isso, o município ganharia mais dinheiro do Governo Federal. A ideia também é estimular o turismo.
Areias Claras tem 46 quilômetros de litoral. As praias são as principais atrações de Maricá, mas o município da costa do sol fluminense pretende ser reconhecido também pelas matas preservadas. “Nós vamos também conseguir fazer o corredor ecológico do leste fluminense, ligando Niterói a Cabo Frio”, contou Débora Dias, subsecretária de meio ambiente de Maricá.
Durante cinco meses um grupo de biólogos e geólogos percorreu a Serra de Maricá e fez um levantamento das condições da Mata Atlântica. Um estudo técnico está pronto e concluiu: na área de 120 quilômetros quadrados, devem ser criadas unidades de conservação ambiental. “A gente encontrou espécies de animais que não sabíamos que existia aqui, inclusive cerca de 20 delas estão na lista oficial do Ibama como espécies ameaçadas de extinção”, afirmou Tiago de Paula, gestor ambiental.
Boa parte do espaço considerado refúgio de vida silvestre é particular, mas os proprietários de terra não vão sofrer com novas restrições. A propriedade de Manoel Carlos da Silva tem quase cinco hectares e ocupa uma área que pode se tornar unidade de conservação. O produtor foi resistente a unidade, mas já percebe os benefícios que vão além do lucro financeiro. “Na minha propriedade existem 10 nascentes de água mineral natural, então não queremos queimadas, desmatamentos ou morte de animais por aqui”.
A prefeitura de Maricá vai enviar à Câmara de Vereadores um projeto de lei que cria as unidades de conservação. Se aprovado, quase metade do território do município passa a ser protegido e a arrecadação também aumenta. Maricá pode passar a receber R$ 3 milhões por ano de ICMS verde, um subsídio do governo do estado destinado para municípios que investem em preservação ambiental. O valor é 12 vezes maior que o repasse atual. A verba pode também chegar às mãos de proprietários rurais que apóiam o desenvolvimento sustentável.
De um grupo que vive em Espraiado, distrito de Maricá, a localidade se tornou área de conservação há cinco anos. Os moradores da região se adaptaram às leis ambientais de maneira criativa, estimulando o turismo local. Uma vez por mês eles abrem as propriedades para realizar eventos e projetos sempre em harmonia com a natureza. Os visitantes podem conhecer o trabalho de artesãs da comunidade. Elas reaproveitam o material, usam fibras de bananeiras para formar vários objetos de decoração e acessórios. Têm tapetes e almofadas aromatizadas e no galpão rústico, o café colonial com produtos orgânicos feitos pelos próprios moradores. Cada um incentiva como pode. “Veja o pequeno produtor, o dono do sítio, que abre seu estabelecimento com a venda de algum produto dele”, disse a agricultora Regina Sobould.
O projeto chamado "De Portas Abertas" existe há dois anos e é considerado modelo para outras áreas do município. Desenvolvimento, sim, mas sem ameaçar a diversidade natural. “Os outros proprietários que estão reticentes com relação à criação da unidade, eles podem ficar tranquilos que tem como fazer uso sustentável dessa área. Não precisa desmatar, não precisa burlar lei, eles podem conseguir utilização para essa área e vão ter retorno com o turismo rural e ecológico, que é o que a gente quer estimular”, finalizou Débora Dias.
Fonte: Globo rural
ONU: 2% do PIB mundial resolveriam questões ambientais e pobreza
A Organização das Nações Unidas divulgou, nesta segunda (21), uma estimativa do dinheiro que seria necessário para diminuir a pobreza e para cuidar melhor do meio ambiente do mundo inteiro.
Está barato salvar o planeta. Isso se levarmos em conta o dinheiro de todo o mundo. De acordo com o programa das Nações Unidas para o meio ambiente, um investimento de 2% do PIB mundial, que é a soma de tudo o que é produzido pela economia dos países, daria para combater a pobreza e gerar um crescimento mais verde e eficiente.
Estamos falando de um trilhão e trezentos milhões de dólares por ano. São R$ 2 trilhões, que segundo a ONU, deveriam ser investidos em dez setores estratégicos da economia. Agricultura, construção, indústria, transportes, turismo, água, abastecimento de energia, pesca, manutenção de florestas e manejo de resíduos.
Em muitos lugares é feita de forma irresponsável e, de acordo com o documento das Nações Unidas, vai se tornar insustentável num curto prazo. O desemprego será uma consequência.
Mas o mesmo relatório mostra que é possível respeitar o planeta e gerar emprego. E um setor do Brasil é citado como prova disso. O da reciclagem.
Ela gera US$ 2 bilhões, o equivalente a mais de R$ 3 bilhões. E ainda evita a emissão de dez milhões de toneladas de gases que provocam o efeito estufa. Reciclar também a economia é o que especialistas do mundo propõem agora para um futuro mais saudável.
Fonte: Jornal Nacional
Índios amazônicos viajam à Europa na tentativa de proteger suas terras
Três índios da região amazônica viajaram à Europa para protestar contra construções em suas terras que ameaçam destruir as vidas de milhares de indígenas dessa região, informou nesta terça-feira a ONG Survival.
Ruth Buendia Mestoquiari, da tribo Ashaninka, do Peru, Sheyla Juruna, da tribo Juruna, da região Xingu, e Almir Surui, da tribo brasileira Surui, fizeram um chamado para deter três polêmicos projetos de represas em suas terras na região amazônica.
Várias empresas europeias participam desse projeto, entre estas as francesas GDF Suez e Alstom, a alemã Voith e a austríaca Andritz.
A delegação estará entre os dias 25 e 26 de fevereiro em Paris, onde ocorre na sexta-feira uma conferência na Casa da América Latina, depois de se reunirem com a senadora Marie-Christine Blandin e antes de organizar no dia seguinte um protesto na praça dos Direitos Humanos, no Trocadéro.
Em seguida, os índios sul-americanos viajarão à capital britânica, onde protestarão em 2 de março em frente à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou boa parte dos recursos das obras, além de reunirem-se com parlamentares deste país.
Um dos projetos é da represa de Pakitzapango, no Peru, que ameaça inundar uma área do vale do rio Ene, onde vivem milhares de índios da tribo Ashaninka.
Outro é a do Rio Madeira, cuja construção pode atrair uma forte imigração e levar ao desmatamento de uma área na qual vivem várias tribos, entre elas algumas isoladas ainda sem contato com a civilização.
O terceiro é a de Belo Monte, projetado no rio Xingu, também no Brasil, que seria a terceira maior do mundo e cuja construção destruiria vastas áreas de floresta e reduziria os peixes, dos quais dependem os indígenas para sobreviver.
Fonte: G1
Governo elabora nova proposta do Código Florestal
A presidente Dilma Rousseff, que se comprometera na campanha a não anistiar desmatamentos, encarregou a ministra Izabella Teixeira de costurar um consenso entre ruralistas e ambientalistas. A idéia é impedir a aprovação do polêmico projeto de reforma do código do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tem votação em plenário marcada para o mês que vem.
Para os ambientalistas, o texto de Rebelo é conivente com o desmatamento, ao propor, por exemplo, que áreas desmatadas até 2008 sejam isentas de multa. Os ruralistas pressionam pela mudança imediata do código, argumentando que a lei atual criminaliza o setor produtivo e atrapalha a produção de alimentos.
Um decreto presidencial de 2009 determina multa para fazendeiros que não estiverem em conformidade com a lei. Sua entrada em vigor vem sendo prorrogada há mais de um ano – a nova data é 11 de junho.
Folha.com – Adaptado por Painel Florestal
Índios coletam sementes usadas para recuperar as nascentes do Rio Xingu
A tribo ikpeng tem 400 índios, na maioria são jovens que trabalham na coleta de sementes. “Uma marca indica que no local tem um recurso importante para nós. Agora, eu vou colher esta fruta que nós consumimos como sucos ou a própria polpa”, explicou.
O nome da fruta em português é pitomba, uma frutinha muito doce típica da zona de transição entre o cerrado e a Amazônia. Como ela fica no alto, não é fácil coletar as sementes. Oremé Ikpeng orienta o Wayge, que foi escolhido para escalar a árvore. Eles comem a polpa e guardam os caroços em sacos plásticos.
Depois o grupo muda de área. A caminhada é longa até o centro da floresta, onde estão as árvores maiores. No meio do caminho uma nascente brota da terra, com água limpa para matar a sede.
Após duas horas de caminhada mata a dentro, o grupo chega à área da coleta. A árvore é um angelim saia. As sementes, que ficam dependuradas no alto, surgem em pencas presas nos cipós. De novo o pessoal, tem de escalar a árvore para fazer a coleta. Mas Waygé desistiu da empreitada.
O engenheiro florestal Marcos Schmidt do Instituto Socioambiental coordenou o treinamento dos índios para este tipo de situação. A técnica usada é o rapel. A chegada se deu bem no meio dos cachos de sementes.
Com a ajuda de um alicate de poda, ele começa o serviço. O restante do pessoal vai juntando o material que cai no chão. Marcos Schmidt disse que o preço pago para os índios pela coleta varia de R$ 0,50 a R$ 500 o quilo.
“O quilo de uma semente grande são poucas sementes. O quilo de uma semente bem miudinha são milhares. Então, esta questão também influencia no preço. Além do valor monetário, eu acho que a experiência e o reconhecimento deles nesta luta de recuperação esta região, que foi muito desmatada, eu acho que isso é o maior benefício para eles também”, disse Schmidt.
Quando a missão cumprida, o índio Oremé recebe o aplauso do pessoal. Na sombra do barracão construído no meio da aldeia os índios ikpenges armazenam as sementes coletadas na floresta. Ao ar livre, elas passam por um processo natural de secagem.
Para transportar o produto até a cidade de Canarana o pessoal pega a única estrada da reserva: o Rio Xingu. A viagem leva um dia inteiro. Waengué e Oremé são os responsáveis pela comercialização do produto na cidade. Eles vendem tudo para a Rede de Sementes, coordenada pelo Instituto Socioambiental.
Os técnicos trabalham com 160 espécies florestais e, em parceria com a prefeitura de Canarana, instalaram um viveiro. O agricultor Anderlei Goldoni comprou sementes e mudas de 40 espécies diferentes para reflorestar três hectares no entorno do rio que corta a fazenda. O plantio tem dois anos e meio e muitas árvores já estão com três metros de altura.
Para o reflorestamento de pequenas áreas, como do Anderlei Goldoni, os pesquisadores recomendam o plantio de mudas. Mas para lugares maiores, a técnica que está sendo testada é a muvuca de sementes. Foram selecionadas 41 espécies nativas que serão plantadas de uma vez só.
A receita para plantar em meio hectare leva dois sacos de 60 quilos de terra e um saco de areia. A primeira semente da muvuca é o feijão de porco, uma leguminosa que não é nativa do Brasil.
“Ela é fundamental nos primeiros seis meses a um ano da floresta porque é uma espécie rasteira, mas que faz um sombreamento muito rápido. Ela tem a função também de descompactar o solo com as suas raízes e de levar nitrogênio para o solo através das suas folhas que vão caindo e decompondo em cima da terra. Ela vai melhorando as propriedades físicas e químicas do solo”, explicou Marcos Schmidt, engenheiro Florestal do Instituto Socioambiental.
Em seguida, começa uma verdadeira salada de sementes de espécies florestais nativas. Tem até isca para formiga. “A gente não mata a formiga dos reflorestamentos. A gente coloca comida para elas. O tamarindo é uma semente que a gente consegue fácil. Então, a gente usa bastante porque germina bem e a formiga adora cortar”, completou Schmidt.
A muvuca é colocada na caixa de adubo da plantadeira de soja. Na área experimental os técnicos do Instituto Socioambiental testam o plantio das sementes florestais com a plantadeira, a mesma máquina do plantio direto da soja e do milho. Ela rasga o solo e coloca a semente na cova. Para completar o serviço, homens espalham as sementes que não podem ser enterradas. São espécies que só germinam na flor da terra, como o tingui e os ipês. Na área onde as sementes já germinaram, as folhas largas do feijão de porco sombreiam outras mudinhas.
A fazenda Bang Bang, que cria gado de corte, plantou 200 hectares de florestas usando a muvuca. Ao invés de terra, eles usam serragem e adubo químico. O gerente da fazenda Anderson Araújo disse que o sistema é muito prático porque economiza a mão de obra da produção de mudas e também do plantio.
A máquina que espalha as sementes é o tornado, a mesma usada para plantar capim. Atrás do equipamento tem uma grade leve que vai cobrindo as sementes. “É impressionante a germinação rápida. Na nossa planilha, o custo maior é o da cerca. Embora este processo seja muito mais barato, a cerca é muito cara”, comparou o agricultor Luiz Castelo.
Quem não lida com pecuária pode dispensar a cerca. É o que acontece na fazenda em Canarana, onde os alunos da escola municipal estão plantando mudas ao redor do Rio Queixada. A ideia de fazer o reflorestamento é do garoto Igor Trovo, que convenceu o pai, Sebastião Trovo, a fazer o serviço.
O engenheiro florestal Rodrigo Junqueira, do Instituto Socioambiental, disse que a junção das florestinhas ao longo dos rios acabou estabelecendo corredores que no futuro ligarão as áreas das fazendas com a floresta do Parque Indígena do Xingu.
“Ele vai permitir que a água que corre para dentro do Xingu possa correr com uma qualidade melhor e que não tenha nenhum risco de contaminação”, explica Rodrigo Junqueira.
Hoje, o Igor Trovo tem 16 anos. Se o pessoal cuidar bem das mudinhas, quando ele tiver o dobro da idade, poderá caminhar dentro da floresta que ajudou a plantar.
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Madeira e produtos derivados podem ser incluídos em penhor agrícola
A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 83/11, do deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), que inclui madeira, produtos madeireiros e outros derivados de floresta plantada entre os itens que podem ser objeto de penhor agrícola.
A proposta altera o Código Civil (Lei 10.406/02), que atualmente permite o penhor de máquinas e instrumentos agrícolas; colheitas pendentes ou em via de formação; frutos acondicionados ou armazenados; lenha cortada e carvão vegetal; e animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.
Segundo ele, o Brasil "precisa de incentivos à área rural, principalmente nestes tempos em que as pessoas, diante de dificuldades de sobrevivência, acabam migrando para os grandes centros, contribuindo para a superpopulação nas cidades."
Fonte:Agência Câmara de Notícias/Adaptado por Celulose Online
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Encontro de Sustentabilidade discute tendências globais
Acontece em março, dia 24, em São Paulo, o Encontro Internacional de Sustentabilidade. O evento reúne especialistas e profissionais que se dedicam a onda sustentável, além de palestras como “A inclusão dos aspectos ambientais da gestão econômica dos negócios”, a reunião conta ainda com uma mesa redonda sobre “A integração da cadeia como fator chave para o desenvolvimento: tecnologias, processos, materiais, produtos e embalagens” e ainda discussão de cases e o engajamento do consumidor na onde verde.
Para debater esses assuntos com profissionais e estudiosos do setor, o Encontro Internacional de Sustentabilidade, contará também com a presença de Julian Carroll, diretor do European – European Organization for Packaging ande the Envionment e Eduardo Giannetti da Fonseca, formado em Economia pela FEA/USP e em Ciências Sociais pela FFLCH/USP.
O evento acontece dia 24 de março, das 8h às 18hs, no Espaço Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Mariana – SP. Inscrições até 21 de março, informações pelo telefone (11) 3082-9722 ou pelo e-mail marketing @abre.org.br.
Fonte: Celulose Online