segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MT é referência nacional na atividade de identificação de madeira

Mato Grosso saiu na frente no trabalho de identificação de madeira, sendo único no país a desenvolver essa atividade destinada à exportação para outras unidades da Federação, respeitando questões ambientais e fiscais. O trabalho é realizado pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), mais especificamente pela Coordenadoria de Fiscalização dos Recursos Naturais Renováveis (CFRNR), se tornando referência no país. Tanto, que outros estados que desenvolvem a atividade madeireira estão visitando o Indea para conhecerem o trabalho e, posteriormente, criarem um idêntico.
Nesta semana estiveram na Coordenadoria de Recursos Naturais Renováveis do Indea o engenheiro agrônomo Augusto Fernandes Neto e Rachel Barbosa, gerente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron). A equipe veio cumprir uma determinação do Governo daquele Estado, com objetivo de conhecer o trabalho de identificação de madeira que é feito em Mato Grosso. “Ficamos impressionados com a qualidade técnica dos coordenadores do Indea na atividade de Identificação de Madeira. Elaboramos um relatório e vamos apresentar para o governador. E esperamos que seja aprovado”, diz Augusto Fernandes, que é diretor Executivo do Idaron.
No ano de 2003 o engenheiro florestal José Eduardo Freire Cardoso, fiscal da Agência Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) esteve em Mato Grosso visitando o Indea para conhecer o trabalho de identificação de madeira. Segundo ele, durante os anos que se passaram não foi possível implantar o mesmo sistema naquele Estado, mas agora com a mudança de governo certamente será feito. “Estamos nos organizando para irmos a Mato Grosso novamente, pois já temos conhecimento que houve avanços no Sistema e queremos conhecer para implantarmos em nosso Estado”.
Desde o mês passado está em funcionamento no Posto de Identificação de Madeira do Indea o Sistema Informatizado de Controle de Madeira (SICMAD). Ferramenta tem como objetivo monitorar, auditar e controlar a numeração sequencial de Certificados de Identificação de Madeira (CIM) emitidos nas Unidades Locais de Execução - ULEs do Indea-MT - , que desenvolve atividades de identificação de madeira, melhorando o controle das espécies florestais abatidas e evitando a evasão fiscal no Estado.
De acordo com Roberto Carlos Barbosa de Souza, coordenador de Fiscalização dos Recursos Naturais Renováveis do Indea-MT, o programa opera via Web - Online e apresenta um sistema de emissão de Certificados de Identificação de Madeira com recursos de total segurança e confiabilidade. Evitando, tanto a violação do sistema por pessoas inidôneas, como a sua duplicação na emissão de documentos falsos. Além de ser facil em ser auditado, permitindo a conferência dos documentos emitidos e cancelados.
O coordenador, juntamente com os fiscais Estaduais de Defesa Agropecuária e Florestal, Filogênio da Rocha Neto e Vantuil Gonçalo Bertúlio, mostrou todo o funcionamento do sistema de identificação de madeira para a equipe de Rondônia. Sendo que depois apresentou um relatório para o presidente do Indea, Valney Souza Corrêa, que considera positiva a troca de informações com entidades de outros estados. O presidente ainda ressaltou que o Indea vem intensificando a fiscalização nos postos fiscais de divisa, objetivando garantir tanto aos produtores de madeira como aos servidores que trabalham com essa atividade, uma maior segurança e rapidez na emissão do certificado.

Fonte: Wisley Tomaz - 24horasnews

Setor de embalagens teve mais importações em 2011


A Abre (Associação Brasileira de Embalagens) divulgou na semana passada que as exportações diretas do setor de embalagem tiveram faturamento de US$ 410.119 mil em 2010, valor que representa um acréscimo de 16,70% em relação a 2009, ano que as exportações chegaram a US$ 351.410 mil.

Como em 2009, a indústria de plásticos obteve forte desempenho (46,65%), seguidas das metálicas (21,65%) e papel, papelão e cartão (19,48%).

Já as importações de embalagens vazias tiveram um acréscimo de 70% com faturamento de US$ 794.057 mil. Estes números indicam que a balança comercial do setor ficou deficitária com US$ 410.119 mil exportados em 2010 contra US$ 794.057 mil de importação.

A entidade acredita que os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas próximas a R$ 44 bilhões, superando os R$ 41,1 bilhões, gerados em 2010.
A Associação é representante de toda a cadeia produtiva e usuária do setor - fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e insumos, agências de design, convertedores e usuários de embalagem, instituições de ensino e entidades setoriais.

Fonte: Celulose Online

Poluição pode sufocar avanço da China, diz ministro de meio ambiente


A China enfrenta graves sobrecargas ambientais e de recursos, que ameaçam sufocar o crescimento do país, disse o ministro do Meio Ambiente do país em artigo publicado nesta segunda-feira (28).

Zhou Shengxian disse também que seu ministério quer incluir avaliações sobre emissões de gases do efeito estufa no processo de aprovação de projetos de desenvolvimento.

Isso daria ao ministério mais influência sobre as questões climáticas, área hoje dominada por órgãos cujo principal interesse é estimular o crescimento industrial.

"Nos milhares de anos de civilização da China, o conflito entre humanidade e natureza nunca foi tão sério quanto hoje", disse Zhou no artigo, publicado no jornal oficial de seu ministério.

"O esgotamento e exaustão dos recursos e a deterioração do meio ambiente se tornaram sérios gargalos restringindo o desenvolvimento econômico e social", escreveu ele.

Neste domingo (27), o primeiro-ministro Wen Jiabao já havia dito que a China precisa buscar um crescimento menos acelerado e mais limpo.

Fonte: G1

Babaçu pode gerar energia para cidades da Amazônia


Um estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) busca provar que é possível substituir o uso do petróleo e do diesel na geração de energia para pequenas cidades amazônicas por meio da fermentação de sobras de madeira e da queima do babaçu, fruto de palmeira de crescimento abundante na região que é pouco utilizado pela população local.

A ideia se baseou nas características das cidades amazônicas, como isolamento, dificuldades logísticas para o transporte de combustível e concentração populacional em comunidades de áreas rurais – e também na necessidade mundial de buscar fontes de energia mais limpas e menos poluentes, segundo explicou o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, doutor em microbiologia e coordenador de Pesquisas em Ciências Agronômicas do Inpa.

“Ao usar restos de madeira e frutos caídos do babaçu, a pesquisa quer mostrar que é possível reaproveitar matérias-primas hoje rejeitadas ou que não apresentam serventia aparente em sua forma natural”, destacou o pesquisador.

Para se chegar ao resultado final esperado, segundo ele, as técnicas e estudos científicos já desenvolvidos pelo instituto em outras áreas de pesquisa serão fundamentais.

Álcool de madeira – O produto final gerado pela fermentação dos restos de madeira é um tipo de álcool com propriedades ainda desconhecidas pelos pesquisadores. “Pegamos espécies diferentes de madeira, colocamos micro-organismos para fazer a fermentação e produzimos álcool”, explicou.

A ideia é utilizar a substância para alimentar usinas termelétricas de pequenas cidades. Segundo Oliveira, os dejetos e a serragem chegam a representar até 70% do volume de madeira cortada em madeireiras da Amazônia.

O emprego do babaçu na produção de energia, conforme sugere a pesquisa, é ainda mais simples: o fruto seria recolhido do chão e jogado em caldeiras de termelétricas para a produção de energia, funcionando como lenha. A pesquisadora e especialista em palmeiras amazônicas, Ires Paula Miranda, está estudando o volume de árvores de babaçu disponíveis na região para medir a viabilidade econômica e ambiental da ideia em cada cidade, especialmente no Amazonas, onde está localizada a sede do Inpa.

Ires Paula Miranda explicou que a árvore do babaçu migrou do Maranhão para o Amazonas nas últimas décadas por pressão do desmatamento. Essa característica torna a espécie ainda mais viável para o uso com biocombustível, segundo a pesquisadora.

“O babaçu tem uma capacidade de germinação enorme, cresce até no asfalto, chegando a ser considerado uma praga por pecuaristas no sul do Pará”, explicou ela, que é doutora em botânica e coordena o do Laboratório de Estudos em Palmeiras (Labpalm) do Inpa.

Potencial – O município amazonense de Barreirinha, distante 330 km de Manaus, é exemplo de potencialidade para o uso de babaçu em substituição ao petróleo e ao diesel na geração de energia. De acordo com estimativas da especialista em palmeiras da Amazônia, a cidade reúne mais de três milhões de árvores da espécie, com produção de 200 kg de fruto por planta. Além disso, a árvore do babaçu dá frutos durante todo o ano e pode ser encontrada em pelo menos 20 dos 64 municípios do Amazonas.

O valor calórico do fruto amazônico também está em fase inicial de testes, de acordo com o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, que espera concluir e publicar a pesquisa no prazo de dois anos. O estudo levantará ainda a viabilidade econômica e logística de modificar a matriz das termelétricas em pequenas cidades da Amazônia com base nos testes realizados com madeira e babaçu para apresentar às indústrias e ao governo.

Para o pesquisador do Inpa, o emprego do conhecimento científico na vida das populações da Amazônia ultrapassa os limites da proteção ambiental. “Essa cadeia fixaria o homem em sua cidade de origem, desafogando os centros urbanos, geraria emprego e renda para a população organizada em cooperativas e ainda baratearia o custo da energia elétrica”, explicou Oliveira.

Fonte: Ambiente Brasil

Emprego analista de operações florestais (silvicultura), Guaíba – RS

Dados da Vaga de Emprego


Analista de Operações Florestais

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Local da Vaga: Guaíba – RS

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Klabin triplica seus lucros em 2010


Em seu demonstrativo financeiro, a Klabin explica que a recuperação da economia brasileira, somada à valorização do real em relação ao dólar, fez com que ela canalizasse parte do volume destinado à exportação para atender à demanda no mercado doméstico.

Com isso, a receita líquida alcançou R$ 3,7 bilhões em 2010, valor 24% superior ao observado no ano anterior, devido aos aumentos de volume e de preços internacionais.A receita do mercado interno representou 78% da receita líquida total, comparado a 76% do total em 2009.

A produção de papéis de fibras virgens e reciclados atingiu 1,781 milhão de toneladas, aumento de frente a 2009. Já o volume de vendas de papéis e embalagens foi de 1,716 milhão de toneladas, caracterizando um avanço de 11% em relação ao ano anterior.

Por sua vez, o volume de vendas de madeira atingiu 3,113 milhão de toneladas, 65% acima de 2009. A geração operacional de caixa (Ebitda) cresceu 29% no ano, para R$ 962 milhões, contra R$ 747 milhões em 2009.

Em 2010, os investimentos somaram R$ 386 milhões, dos quais 47% foram alocados na Unidade de Negócios Papéis, 34% na Unidade de Negócios Florestal e 18% na Unidade de Negócios Conversão

Fonte: Brasil Econômico/Adaptado por Celulose Online

Setor agropecuário de Goiás avalia expansão da seringueira


O estado de Goiás também começa a se interessar mais pelo cultivo da borracha. Os empresários, da empresa Hevea Suporte, apresentaram ao governo o Projeto Seringueiras e falaram das vantagens da cultura da borracha para Goiás, já que o Estado possui clima e solo favoráveis à difusão desta cultura. Atualmente a produção goiana, ainda pequena, se concentra da região de Goianésia.

O secretário e agricultura de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima disse que há o interesse na cultura da borracha, como mais uma alternativa para o produtor goiano. "Agora, vamos analisar as condições das linhas de crédito oferecidas e adequá-las ao perfil do nosso produtor", disse Antônio.

Segundo informações da Seagro, atualmente o Brasil consome 360 mil toneladas de borracha e produz apenas 100 mil. Além da demanda interna, a demanda mundial também cresce. Outra vantagem é o caráter social da cultura, que demanda um trabalhador a cada oito hectares, gerando emprego e renda. A mão-de-obra é semi-especializada e o ciclo dura o ano todo.

Fonte: O Correio News – Adaptado por Painel Florestal

MS poder se tornar uma potência nacional no sistema agrosilvipastoril


Mato Grosso do Sul vem se destacando no cenário nacional de florestas plantadas nos últimos anos. Conforme dados da Reflore-MS (Associação sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), o Estado atingiu, em 2010, o número de 390 mil hectares de florestas cultivadas.

De acordo com o professor da Universidade de Toronto (Canadá) e consultor para a área da silvicultura, Laércio Couto, a organização do segmento e a legislação favorecem a instalação de grandes empresas no Estado. “Mato Grosso do Sul está à frente dos demais estados porque eliminou a burocracia para os empreendimentos florestais”, explica.

Só que não podemos esquecer, que a pecuária e o cultivo de grãos ainda são as grandes potências do Estado. O que poderia ser uma competição entre os segmentos, pode apresentar resultados ainda melhores se consorciados. Por isso, o consultor esteve reunido essa semana, em Campo Grande, com dirigentes estaduais e empresários interessados em investir no sistema agrosilvipastoril.

Para Laércio Couto, a produção agrosilvipastoril é uma opção que pode dar muito certo em Mato Grosso do Sul. “É um sistema que se encaixa na cultura pecuária da região. Além de não reduzir a quantidade de animal por hectare, o cultivo de florestas é renda adicional, uma garantia de receita com venda programada. O cultivo de florestas associado à criação de gado contribui para o ganho de peso do animal, uma vez que com o calor o boi gasta energia para resfriar o corpo”, afirma.

Conforme o presidente da recém criada Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Ademar Junior, o sistema de integração entre as culturas pode ser aplicado em quase todas áreas do Estado. “Consorciar pecuária, agricultura e silvicultura é uma prática aplicável em qualquer região de Mato Grosso do Sul, até mesmo na agricultura de subsistência ou em assentamentos. É não há razão para resistências, pois o sistema apenas incrementa a atividade pecuária que já desenvolvida no estado”, destacou.

Fonte: Painel Florestal citado por Remade

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Imazon aponta aumento no desmatamento da Amazônia


A organização não-governamental Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou nesta quarta-feira (23) relatório anual que aponta um aumento de 22% no desmatamento da chamada Amazônia Legal. O percentual é relativo a janeiro de 2011, quando foram registrados 83 quilômetros quadrados de desmatamento, em relação a janeiro de 2010, quando o desmatamento atingiu 68 quilômetros quadrados.

Segundo o Imazon --que faz um monitoramento paralelo ao do governo federal--, em dezembro de 2010, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 175 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 994% em relação a dezembro de 2009, quando o desmatamento somava 16 quilômetros quadrados.

Tanto em dezembro de 2010 quanto em janeiro de 2011 o Imazon monitorou com o SAD somente 30% da área florestal na Amazônia. Os outros 70% estavam cobertos por nuvem, o que dificultou o monitoramento na região principalmente no Amapá, Pará e Acre, os quais tiveram mais de 80% da área florestal coberto por nuvens. Em virtude disso, diz a ONG, os dados de desmatamento e degradação em novembro podem estar subestimados.

De agosto de 2010 a janeiro de 2011, o desmatamento totalizou 858 quilômetros quadrados. Houve um ligeiro aumento de 3% em relação ao mesmo período anterior (agosto de 2009 a janeiro de 2010) quando o desmatamento somou 836 quilômetros quadrados.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 541 quilômetros quadrados em dezembro de 2010. Em comparação a dezembro de 2009, quando a degradação somou somente 11 quilômetros quadrados, houve um aumento extremamente expressivo de 4.818%.

Ainda segundo o Imazon, em relação a janeiro de 2011, a degradação florestal atingiu 376 quilômetros quadrados. Isso representou um aumento de 637% em relação a janeiro de 2010 quando a degradação florestal foi de 51 quilômetros quadrados.

A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2010 a janeiro de 2011 totalizou 3.722 quilômetros quadrados. Isso representou um aumento expressivo (338%) em relação ao período anterior (agosto de 2009 a janeiro de 2010) quando a degradação florestal somou 850 quilômetros quadrados.

O carbono florestal comprometido pelo desmatamento no período de agosto de 2010 a janeiro de 2011 (seis primeiros meses do atual calendário de desmatamento) foi de 13,9 milhões de toneladas, ou seja, cerca de 51 milhões de toneladas de C02 equivalente. Isso representa uma redução de 5,2% em relação ao período anterior (agosto de 2009 a janeiro de 2010) quando o carbono florestal afetado pelo desmatamento foi cerca de 47 milhões de toneladas de C02 equivalente.

Fonte: UOL

Maioria das máquinas compradas pela indústria nacional são importadas

A pressão cambial e a consequente perda de competitividade da indústria de bens de capital brasileira ante suas concorrentes estrangeiras têm causado mudanças no consumo de máquinas e equipamentos no país. Atualmente, seis de cada dez máquinas compradas por companhias nacionais não foram produzidas no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), cerca de 40% do consumo aparente de bens de capital brasileiro, que chegou a R$ 100 bilhões em 2010, é composto por produtos fabricados pela indústria nacional.

Essa divisão entre produtos nacionais e importados é exatamente inversa à verificada no final de 2004. Há pouco mais de seis anos, seis de cada dez máquinas consumidas no país eram brasileiras, segundo a Abimaq. “Do consumo aparente de máquinas e equipamentos do país, 60% eram fabricados aqui até pouco tempo atrás. Isso se inverteu”, afirmou hoje (23) o vice-presidente da entidade, Carlos Pastoriza.

Segundo ele, essa inversão deve-se, principalmente, ao aumento das importações de máquinas de países asiáticos. Esses países foram os que mais se aproveitaram da valorização do real ante o dólar para aumentar suas exportações para o Brasil. Alguns deles, inclusive, acabaram reduzindo a cotação de sua moeda no mercado global para facilitar sua entrada no país.

“As exportações aumentaram principalmente dos concorrentes asiáticos, que tem como principal vantagem o câmbio artificial”, disse ele, ressaltando os números das importações de máquinas fabricadas na China.

O país que, segundo Pastoriza, mais tem contido a valorização de sua moeda, o yuan, aumentou sua participação nas importações brasileiras de máquinas de 2,1% para 14,7% em sete anos. Atualmente, ele é o segundo país que mais exporta máquinas para o Brasil, atrás dos Estados Unidos. Em 2004, era o quarto.

Para mudar essa situação, Pastoriza quer que o governo tome medidas que favoreçam a indústria. Ele disse que a Abimaq vem conversando com membros do recém-formado governo da presidenta Dilma Rousseff sobre essas medidas. Ele espera que, no mês que vem, elas sejam anunciadas. "Este governo parece estar muito mais sensibilizado”, afirmou.

Entre as ações mais aguardadas pela Abimaq, estão o fim da licença automática para importação de bens de capital, a ampliação da vigência de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de máquinas e a desoneração total do setor. Além disso, Pastoriza disse que a indústria em geral aguarda medidas de defesa comercial.

“Se essas medidas forem tomadas podemos reduzir parcialmente os dados catastróficos sobre a economia”, disse representante da Abimaq.

Fonte: Vinicius Konchinski - de São Paulo - Por Remade

Publicação do Inpa quer estimular o manejo do pau-rosa nas comunidades rurais


Pesquisadores querem reintroduzir a espécie nas comunidades para a produção de produtos da indústria de cosméticos Cartilha produzida por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) vai orientar comunidades rurais com interesse em usar o óleo extraído do pau-rosa para produção de sabonetes e óleos perfumados.

A publicação é da Editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). Ainda não há data do lançamento. A informação é da assessoria de comunicação do Inpa.

A cartilha foi composta por quatro autores: Keuris Kelly Souza da Silva, mestranda em Ciências de Florestas Tropicais (CFT/Inpa), Elisabete Brocki, pró-reitora de graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Gil Vieira, pesquisador da Coordenação de Pesquisa em Silvicultura Tropical (CPST/Inpa).

O pesquisador responsável e também autor da cartilha é Paulo de Tarso Barbosa Sampaio também do CPST/Inpa.

A idéia era produzir uma cartilha sobre o manejo do pau-rosa partiu da necessidade de que a árvore em questão está incluída na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora (Cites na categoria de plantas ameaçadas de extinção.

A Cites obriga o governo brasileiro a adotar políticas para o uso e a conservação da espécie, sendo que a autoridade denominada é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo Sampaio, a produção da cartilha foi utilizada uma linguagem acessível ao produtor para que este entenda e saiba como cultivar o pau-rosa da maneira correta, dando o passo a passo desde o plantio ao sistema de poda.

O pau-rosa é economicamente viável para o plantio e produção nas comunidades rurais por ser uma alternativa sustentável.

“Utilizando o sistema de podas, não há a degradação da árvore e ela se recompõe mais rapidamente, ou seja, é um método diferente do que foi utilizado há décadas que não dava tempo suficiente do recurso se renovar”, explica Sampaio.

Reintrodução

om base em pesquisas realizadas nas comunidades dos municípios de Presidente Figueiredo e Silves, interior do Amazonas, notou-se grande interesse por parte dos agricultores em cultivar o pau-rosa, visto que essas são áreas em que a árvore ocorria naturalmente.

Os projetos de pesquisa visam reintroduzir a espécie nessas localidades e com a participação da comunidade, previamente selecionada, a ocorrência do pau-rosa deve se fazer presente no meio ambiente.

Sabe-se que a exploração maciça do pau-rosa por décadas, sem que houvesse plano de manejo e/ou critério de exploração, resultou na raridade das árvores nativas, que hoje se encontram em maior parte em reservas florestais no Amazonas, por isso medidas foram adotadas para que a espécie não desapareça.

Dentre essas medidas, encontram-se as pesquisas e o plantio das mudas, que em um período de cinco anos permite a extração do óleo dos galhos e folhas, que tem composição diferente do óleo da madeira, mas que também é apreciada pela indústria de perfumaria.

Fonte: Remade

Preços da celulose aquecem o setor, aponta estudo

Nesta última terça-feira (22), a consultoria independente finlandesa Foex informou que os preços da celulose avançaram no mercado internacional. Na Europa, o preço da celulose de fibra longa subiu 0,06% na semana passada e ficou em US$ 949 por tonelada.

Já o preço da celulose de fibra curta, também com entrega na Europa, registrou aumento de 0,14%, na mesma base de comparação, para US$ 848,06. Na China, o preço da celulose de fibra curta atingiu US$ 747,12 na semana passada, o que representa uma elevação de 0,17% ante o período anterior.

Segundo o relatório da Link Investimentos, os dados são mais uma evidência de que o mercado pode estar se aquecendo novamente. A expectativa é de altas mais fortes para março, já que aumentos na fibra longa foram anunciados na Europa, movimento que poderá ser seguido também pelos produtores de fibra curta.

Fonte: Brasil Econômico/Adaptado por Celulose Online

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Portucel teve um impacto ligeiramente positivo com o anúncio de falência da espanhola Papelera de Amaroz

Conforme o Besi (Banco Espírito Santo de Investimento), o início de um procedimento de falência pela papeleira espanhola ilustra as dificuldades que a subida do preço da pasta do papel representa para indústria.

Em nota, o Besi ainda completou dizendo que apesar de ter reduzido a produção, alguns produtores de papel ainda se debatem com a subida dos preços da matéria-prima mesmo apesar da recente subida dos preços do papel, levando acreditar que os preços da pasta de eucalipto devam continuar a crescer.

Os títulos da Portucel refletem o potencial de subida de 26,4% que lhes atribui o preço-alvo de 3,2 euros. As ações da papeleira portuguesa desceram 0,63%, com o valor indo para 2,535 euros.

Fonte: Painel Florestal

US$ 400 bi é a quantia que o Brasil precisa para cortar emissões de CO2

Segundo dados divulgados nesta semana pelo Banco Mundial serão necessários cerca de US$ 400 bilhões até 2030 para poder reduzir significativamente os níveis de emissão de CO2. O dado faz parte de um estudo que teve início em 2007, financiado pelo banco e feito por especialistas de instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e universidades públicas brasileiras.

Foram realizadas modelagens em quatro grandes áreas responsáveis pela poluição da atmosfera: solo (agropecuária), resíduos, energia e transporte. Os especialistas calcularam quanto custaria investir em tecnologias limpas nesses setores, substituir práticas consideradas poluidoras e aumentar áreas florestais.

Por exemplo, no setor de transporte, a redução da emissão de gás carbônico poderia ser feita pelo aumento da malha ferroviária (de carga e urbana). No setor energético, o empenho para desenvolver energias limpas, como a dos ventos, é considerado importante.

O dinheiro para tudo isso, de acordo com Christophe de Gouvello, do Bando Mundial, poderia sair do governo e de negociações internacionais -como o fundo verde criado na última conferência da ONU sobre o clima, que deve gastar US$ 100 bilhões anuais em tecnologias limpas a partir de 2020.

O setor agrícola é um dos desafios do país. O Brasil é recordista mundial de emissão de metano, um dos mais poderosos gases do efeito estufa, pela atividade pecuarista. Para Luís Gustavo Barioni, agrônomo da Embrapa que participou do estudo, investir em tecnologias limpas no setor é urgente porque o consumo de carne está crescendo com o enriquecimento de países emergentes.

Fonte: Folha de SP/Adaptado por Celulose Online

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Palanques e mudas para venda

Temos disponível para venda palanques para cercas de:

Pinus autoclavado - 2,10m x de 8 á 12cm - R$ 8,50 - a unidade
Eucalyptus autoclavado - 2,10m x de 8 á 12cm - R4 9,50 - a unidade

Obs. 1) Fornecemos certificado de durabilidade para 15 anos.
2) Preços posto em Lages - SC e Ponte Alta - SC.

Também dispomos para venda 35.000(trinta e cinco mil mudas ) de Araucária angustifolia. Sementes coletadas de árvores selecionadas,
georreferenciadas,com possibilidades de produzir aos 15 anos 50 a 100kg de pinhão. Preço R$ 1,20(um real e vinte centavos a unidade)
Mudas embaladas em sacos plásticos com dimensões de 17,00cm x 11,00cm.


Contatos com Engenheiro florestal Nilton Schneider de Souza

fones: 49... 32224136 - 30211240 e 991 72756

Email: nilton.schneider@zipmail.com.br

Maricá deve transformar áreas verdes em unidades de conservação

Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quer transformar áreas verdes em unidades de conservação. Um projeto de lei pode garantir a preservação das matas. Com isso, o município ganharia mais dinheiro do Governo Federal. A ideia também é estimular o turismo.

Areias Claras tem 46 quilômetros de litoral. As praias são as principais atrações de Maricá, mas o município da costa do sol fluminense pretende ser reconhecido também pelas matas preservadas. “Nós vamos também conseguir fazer o corredor ecológico do leste fluminense, ligando Niterói a Cabo Frio”, contou Débora Dias, subsecretária de meio ambiente de Maricá.

Durante cinco meses um grupo de biólogos e geólogos percorreu a Serra de Maricá e fez um levantamento das condições da Mata Atlântica. Um estudo técnico está pronto e concluiu: na área de 120 quilômetros quadrados, devem ser criadas unidades de conservação ambiental. “A gente encontrou espécies de animais que não sabíamos que existia aqui, inclusive cerca de 20 delas estão na lista oficial do Ibama como espécies ameaçadas de extinção”, afirmou Tiago de Paula, gestor ambiental.

Boa parte do espaço considerado refúgio de vida silvestre é particular, mas os proprietários de terra não vão sofrer com novas restrições. A propriedade de Manoel Carlos da Silva tem quase cinco hectares e ocupa uma área que pode se tornar unidade de conservação. O produtor foi resistente a unidade, mas já percebe os benefícios que vão além do lucro financeiro. “Na minha propriedade existem 10 nascentes de água mineral natural, então não queremos queimadas, desmatamentos ou morte de animais por aqui”.

A prefeitura de Maricá vai enviar à Câmara de Vereadores um projeto de lei que cria as unidades de conservação. Se aprovado, quase metade do território do município passa a ser protegido e a arrecadação também aumenta. Maricá pode passar a receber R$ 3 milhões por ano de ICMS verde, um subsídio do governo do estado destinado para municípios que investem em preservação ambiental. O valor é 12 vezes maior que o repasse atual. A verba pode também chegar às mãos de proprietários rurais que apóiam o desenvolvimento sustentável.

De um grupo que vive em Espraiado, distrito de Maricá, a localidade se tornou área de conservação há cinco anos. Os moradores da região se adaptaram às leis ambientais de maneira criativa, estimulando o turismo local. Uma vez por mês eles abrem as propriedades para realizar eventos e projetos sempre em harmonia com a natureza. Os visitantes podem conhecer o trabalho de artesãs da comunidade. Elas reaproveitam o material, usam fibras de bananeiras para formar vários objetos de decoração e acessórios. Têm tapetes e almofadas aromatizadas e no galpão rústico, o café colonial com produtos orgânicos feitos pelos próprios moradores. Cada um incentiva como pode. “Veja o pequeno produtor, o dono do sítio, que abre seu estabelecimento com a venda de algum produto dele”, disse a agricultora Regina Sobould.

O projeto chamado "De Portas Abertas" existe há dois anos e é considerado modelo para outras áreas do município. Desenvolvimento, sim, mas sem ameaçar a diversidade natural. “Os outros proprietários que estão reticentes com relação à criação da unidade, eles podem ficar tranquilos que tem como fazer uso sustentável dessa área. Não precisa desmatar, não precisa burlar lei, eles podem conseguir utilização para essa área e vão ter retorno com o turismo rural e ecológico, que é o que a gente quer estimular”, finalizou Débora Dias.

Fonte: Globo rural

ONU: 2% do PIB mundial resolveriam questões ambientais e pobreza

A Organização das Nações Unidas divulgou, nesta segunda (21), uma estimativa do dinheiro que seria necessário para diminuir a pobreza e para cuidar melhor do meio ambiente do mundo inteiro.

Está barato salvar o planeta. Isso se levarmos em conta o dinheiro de todo o mundo. De acordo com o programa das Nações Unidas para o meio ambiente, um investimento de 2% do PIB mundial, que é a soma de tudo o que é produzido pela economia dos países, daria para combater a pobreza e gerar um crescimento mais verde e eficiente.

Estamos falando de um trilhão e trezentos milhões de dólares por ano. São R$ 2 trilhões, que segundo a ONU, deveriam ser investidos em dez setores estratégicos da economia. Agricultura, construção, indústria, transportes, turismo, água, abastecimento de energia, pesca, manutenção de florestas e manejo de resíduos.

O relatório divulgado segunda em Nairobi, no Quênia lembra que o mundo já gasta esse montante de dinheiro em uma série de subsídios que, geralmente, provocam danos ambientais.
A pesca é um exemplo.

Em muitos lugares é feita de forma irresponsável e, de acordo com o documento das Nações Unidas, vai se tornar insustentável num curto prazo. O desemprego será uma consequência.

Mas o mesmo relatório mostra que é possível respeitar o planeta e gerar emprego. E um setor do Brasil é citado como prova disso. O da reciclagem.

Ela gera US$ 2 bilhões, o equivalente a mais de R$ 3 bilhões. E ainda evita a emissão de dez milhões de toneladas de gases que provocam o efeito estufa. Reciclar também a economia é o que especialistas do mundo propõem agora para um futuro mais saudável.

Fonte: Jornal Nacional

Índios amazônicos viajam à Europa na tentativa de proteger suas terras

Três índios da região amazônica viajaram à Europa para protestar contra construções em suas terras que ameaçam destruir as vidas de milhares de indígenas dessa região, informou nesta terça-feira a ONG Survival.

Ruth Buendia Mestoquiari, da tribo Ashaninka, do Peru, Sheyla Juruna, da tribo Juruna, da região Xingu, e Almir Surui, da tribo brasileira Surui, fizeram um chamado para deter três polêmicos projetos de represas em suas terras na região amazônica.

Várias empresas europeias participam desse projeto, entre estas as francesas GDF Suez e Alstom, a alemã Voith e a austríaca Andritz.

A delegação estará entre os dias 25 e 26 de fevereiro em Paris, onde ocorre na sexta-feira uma conferência na Casa da América Latina, depois de se reunirem com a senadora Marie-Christine Blandin e antes de organizar no dia seguinte um protesto na praça dos Direitos Humanos, no Trocadéro.

Em seguida, os índios sul-americanos viajarão à capital britânica, onde protestarão em 2 de março em frente à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou boa parte dos recursos das obras, além de reunirem-se com parlamentares deste país.

Um dos projetos é da represa de Pakitzapango, no Peru, que ameaça inundar uma área do vale do rio Ene, onde vivem milhares de índios da tribo Ashaninka.

Outro é a do Rio Madeira, cuja construção pode atrair uma forte imigração e levar ao desmatamento de uma área na qual vivem várias tribos, entre elas algumas isoladas ainda sem contato com a civilização.

O terceiro é a de Belo Monte, projetado no rio Xingu, também no Brasil, que seria a terceira maior do mundo e cuja construção destruiria vastas áreas de floresta e reduziria os peixes, dos quais dependem os indígenas para sobreviver.

Fonte: G1

Governo elabora nova proposta do Código Florestal

Uma proposta de flexibilização do Código Florestal que prevê o plantio em áreas de preservação permanente para a agricultura familiar e exclui qualquer anistia aos desmatadores foi elaborado pelo Governo Federal. A base da proposta foi elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente e está sendo discutida com outras pastas.

A presidente Dilma Rousseff, que se comprometera na campanha a não anistiar desmatamentos, encarregou a ministra Izabella Teixeira de costurar um consenso entre ruralistas e ambientalistas. A idéia é impedir a aprovação do polêmico projeto de reforma do código do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tem votação em plenário marcada para o mês que vem.

Para os ambientalistas, o texto de Rebelo é conivente com o desmatamento, ao propor, por exemplo, que áreas desmatadas até 2008 sejam isentas de multa. Os ruralistas pressionam pela mudança imediata do código, argumentando que a lei atual criminaliza o setor produtivo e atrapalha a produção de alimentos.

Um decreto presidencial de 2009 determina multa para fazendeiros que não estiverem em conformidade com a lei. Sua entrada em vigor vem sendo prorrogada há mais de um ano – a nova data é 11 de junho.

Folha.com – Adaptado por Painel Florestal

Índios coletam sementes usadas para recuperar as nascentes do Rio Xingu

O trabalho de recuperação das nascentes do Rio Xingu, em Mato Grosso, conta com a ajuda dos índios ikpengs, que coletam sementes de espécies nativas para vender aos agricultores da região. Os agricultores e ambientalistas também utilizam a técnica muvuca, pela qual é usada a plantadeira de soja para semear florestas.

A tribo ikpeng tem 400 índios, na maioria são jovens que trabalham na coleta de sementes. “Uma marca indica que no local tem um recurso importante para nós. Agora, eu vou colher esta fruta que nós consumimos como sucos ou a própria polpa”, explicou.

O nome da fruta em português é pitomba, uma frutinha muito doce típica da zona de transição entre o cerrado e a Amazônia. Como ela fica no alto, não é fácil coletar as sementes. Oremé Ikpeng orienta o Wayge, que foi escolhido para escalar a árvore. Eles comem a polpa e guardam os caroços em sacos plásticos.

Depois o grupo muda de área. A caminhada é longa até o centro da floresta, onde estão as árvores maiores. No meio do caminho uma nascente brota da terra, com água limpa para matar a sede.

Após duas horas de caminhada mata a dentro, o grupo chega à área da coleta. A árvore é um angelim saia. As sementes, que ficam dependuradas no alto, surgem em pencas presas nos cipós. De novo o pessoal, tem de escalar a árvore para fazer a coleta. Mas Waygé desistiu da empreitada.

O engenheiro florestal Marcos Schmidt do Instituto Socioambiental coordenou o treinamento dos índios para este tipo de situação. A técnica usada é o rapel. A chegada se deu bem no meio dos cachos de sementes.

Com a ajuda de um alicate de poda, ele começa o serviço. O restante do pessoal vai juntando o material que cai no chão. Marcos Schmidt disse que o preço pago para os índios pela coleta varia de R$ 0,50 a R$ 500 o quilo.

“O quilo de uma semente grande são poucas sementes. O quilo de uma semente bem miudinha são milhares. Então, esta questão também influencia no preço. Além do valor monetário, eu acho que a experiência e o reconhecimento deles nesta luta de recuperação esta região, que foi muito desmatada, eu acho que isso é o maior benefício para eles também”, disse Schmidt.

Quando a missão cumprida, o índio Oremé recebe o aplauso do pessoal. Na sombra do barracão construído no meio da aldeia os índios ikpenges armazenam as sementes coletadas na floresta. Ao ar livre, elas passam por um processo natural de secagem.

Para transportar o produto até a cidade de Canarana o pessoal pega a única estrada da reserva: o Rio Xingu. A viagem leva um dia inteiro. Waengué e Oremé são os responsáveis pela comercialização do produto na cidade. Eles vendem tudo para a Rede de Sementes, coordenada pelo Instituto Socioambiental.

Os técnicos trabalham com 160 espécies florestais e, em parceria com a prefeitura de Canarana, instalaram um viveiro. O agricultor Anderlei Goldoni comprou sementes e mudas de 40 espécies diferentes para reflorestar três hectares no entorno do rio que corta a fazenda. O plantio tem dois anos e meio e muitas árvores já estão com três metros de altura.

Para o reflorestamento de pequenas áreas, como do Anderlei Goldoni, os pesquisadores recomendam o plantio de mudas. Mas para lugares maiores, a técnica que está sendo testada é a muvuca de sementes. Foram selecionadas 41 espécies nativas que serão plantadas de uma vez só.

A receita para plantar em meio hectare leva dois sacos de 60 quilos de terra e um saco de areia. A primeira semente da muvuca é o feijão de porco, uma leguminosa que não é nativa do Brasil.

“Ela é fundamental nos primeiros seis meses a um ano da floresta porque é uma espécie rasteira, mas que faz um sombreamento muito rápido. Ela tem a função também de descompactar o solo com as suas raízes e de levar nitrogênio para o solo através das suas folhas que vão caindo e decompondo em cima da terra. Ela vai melhorando as propriedades físicas e químicas do solo”, explicou Marcos Schmidt, engenheiro Florestal do Instituto Socioambiental.

Em seguida, começa uma verdadeira salada de sementes de espécies florestais nativas. Tem até isca para formiga. “A gente não mata a formiga dos reflorestamentos. A gente coloca comida para elas. O tamarindo é uma semente que a gente consegue fácil. Então, a gente usa bastante porque germina bem e a formiga adora cortar”, completou Schmidt.

A muvuca é colocada na caixa de adubo da plantadeira de soja. Na área experimental os técnicos do Instituto Socioambiental testam o plantio das sementes florestais com a plantadeira, a mesma máquina do plantio direto da soja e do milho. Ela rasga o solo e coloca a semente na cova. Para completar o serviço, homens espalham as sementes que não podem ser enterradas. São espécies que só germinam na flor da terra, como o tingui e os ipês. Na área onde as sementes já germinaram, as folhas largas do feijão de porco sombreiam outras mudinhas.

A fazenda Bang Bang, que cria gado de corte, plantou 200 hectares de florestas usando a muvuca. Ao invés de terra, eles usam serragem e adubo químico. O gerente da fazenda Anderson Araújo disse que o sistema é muito prático porque economiza a mão de obra da produção de mudas e também do plantio.

A máquina que espalha as sementes é o tornado, a mesma usada para plantar capim. Atrás do equipamento tem uma grade leve que vai cobrindo as sementes. “É impressionante a germinação rápida. Na nossa planilha, o custo maior é o da cerca. Embora este processo seja muito mais barato, a cerca é muito cara”, comparou o agricultor Luiz Castelo.

Quem não lida com pecuária pode dispensar a cerca. É o que acontece na fazenda em Canarana, onde os alunos da escola municipal estão plantando mudas ao redor do Rio Queixada. A ideia de fazer o reflorestamento é do garoto Igor Trovo, que convenceu o pai, Sebastião Trovo, a fazer o serviço.

O engenheiro florestal Rodrigo Junqueira, do Instituto Socioambiental, disse que a junção das florestinhas ao longo dos rios acabou estabelecendo corredores que no futuro ligarão as áreas das fazendas com a floresta do Parque Indígena do Xingu.

“Ele vai permitir que a água que corre para dentro do Xingu possa correr com uma qualidade melhor e que não tenha nenhum risco de contaminação”, explica Rodrigo Junqueira.

Hoje, o Igor Trovo tem 16 anos. Se o pessoal cuidar bem das mudinhas, quando ele tiver o dobro da idade, poderá caminhar dentro da floresta que ajudou a plantar.

Fonte: G1

Bonet lança novo cartão duplex para alimentos congelados

Os últimos dados lançados pela Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação) sobre o setor de congelados e desidratados revelaram que os brasileiros estão buscando cada vez mais praticidade e funcionalidade na alimentação. Atenta a este crescimento, a Bonet Madeiras e Papéis investiu no lançamento do novo cartão duplex “Bonfreezer”.

Voltado para a indústria de alimentos resfriados e congelados, o Bonfreezer é o único da categoria produzido a partir de fibras recicladas, garantindo às embalagens dos alimentos resistência à absorção de umidade. Disponível nas gramaturas 250 a 400 g/m², o Bonfreezer é 100% reciclável e biodegradável. Aproximadamente 60% do volume das camadas fibrosas que compõem o novo produto provêm de matérias-primas rigorosamente selecionadas de aparas de papel pré e pós-consumo, oriundas de editoras, gráficas e de cooperativas de catadores.

Para o gerente comercial da Bonet, Fernando Signorini, o objetivo do novo produto é de competir no segmento para embalagens de alimentos frigorificados, que vem apresentando crescimento sustentável ao longo dos anos. “Os diferenciais quanto à flexibilidade em relação ao volume a ser negociado com as gráficas e ser o único fabricante brasileiro de cartão duplex para esse uso a partir de fibras recicladas é uma negociação comercial bastante competitiva”, afirma.

O executivo espera atender a uma parcela desse mercado em curto prazo. "Um dos focos será o trabalho realizado junto às gráficas que atendem indústrias alimentícias regionais que precisam de volumes menores de cartão para as embalagens”, concluiu Signorini.

O segmento de congelados registrou um dos principais crescimentos setoriais entre os alimentos, cerca de 13,9% em 2010. Segundo análise da Abia, o aumento está ligado ao estilo de vida atual e ao crescimento de renda e emprego. A pesquisa feita junto às indústrias mostra ainda que esse segmento faturou 6,3 bilhões no ano passado.

Há mais de 70 anos no mercado, a Bonet Madeiras e Papéis tem sua divisão de papéis no município de Timbó Grande e Santa Catarina.


Celulose Online

Madeira e produtos derivados podem ser incluídos em penhor agrícola

A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 83/11, do deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), que inclui madeira, produtos madeireiros e outros derivados de floresta plantada entre os itens que podem ser objeto de penhor agrícola.

A proposta altera o Código Civil (Lei 10.406/02), que atualmente permite o penhor de máquinas e instrumentos agrícolas; colheitas pendentes ou em via de formação; frutos acondicionados ou armazenados; lenha cortada e carvão vegetal; e animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.

Ampliação do crédito
O autor da proposta acredita que a inclusão desses produtos, frequentes em regiões agrícolas, na lista de objetos passíveis de serem penhorados contribuirá para garantir a oferta de crédito rural, estimulando a atividade.

Segundo ele, o Brasil "precisa de incentivos à área rural, principalmente nestes tempos em que as pessoas, diante de dificuldades de sobrevivência, acabam migrando para os grandes centros, contribuindo para a superpopulação nas cidades."

Fonte:Agência Câmara de Notícias/Adaptado por Celulose Online

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Encontro de Sustentabilidade discute tendências globais

Interdependência entre negócios e meio ambiente é o foco de discussões em Encontro Internacional de Sustentabilidade

Acontece em março, dia 24, em São Paulo, o Encontro Internacional de Sustentabilidade. O evento reúne especialistas e profissionais que se dedicam a onda sustentável, além de palestras como “A inclusão dos aspectos ambientais da gestão econômica dos negócios”, a reunião conta ainda com uma mesa redonda sobre “A integração da cadeia como fator chave para o desenvolvimento: tecnologias, processos, materiais, produtos e embalagens” e ainda discussão de cases e o engajamento do consumidor na onde verde.

Para debater esses assuntos com profissionais e estudiosos do setor, o Encontro Internacional de Sustentabilidade, contará também com a presença de Julian Carroll, diretor do European – European Organization for Packaging ande the Envionment e Eduardo Giannetti da Fonseca, formado em Economia pela FEA/USP e em Ciências Sociais pela FFLCH/USP.

O evento acontece dia 24 de março, das 8h às 18hs, no Espaço Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Mariana – SP. Inscrições até 21 de março, informações pelo telefone (11) 3082-9722 ou pelo e-mail marketing @abre.org.br.

Fonte: Celulose Online