O quinto Colóquio Internacional sobre Celulose de Eucalipto será realizado em Porto Seguro, Brasil. A comissão organizadora e o comitê científico estão organizando um programa bem focado e técnico, em que se espera motivar animadas discussões entre os participantes e trazer um valor significativo para todos. Este evento focalizará nos novos desenvolvimentos relativos à produção, caracterização e conversão da madeira de eucalipto em celulose, papel, biocombustíveis e bioprodutos, incluindo temas como:
- Avanços no melhoramento florestal de eucalipto
- Qualidade da madeira de eucalipto
- Biotecnologia aplicada à indústria de celulose e papel
- O conceito da biorrefinaria aplicada à madeira
- Novas técnicas de desconstrução da madeira para biocombustíveis e bioprodutos
- Polpação mecânica e biomecânica
- Tecnologia e química da polpação kraft
- Avanços na recuperação do licor negro kraft focada em biorrefinaria
- Tecnologia e química do branqueamento da celulose
- Qualidade da fibra para o papeis sanitários
- Qualidade da fibra para papeis de impressão e escrita
- Questões ambientais da indústria de celulose de eucalipto
- Novos produtos a partir de fibras de madeira de eucalipto.
O 5º ICEP focará sobre o conceito de biorrefinaria da madeira. O termo biorrefinaria é relativamente novo e se refere à conversão da biomassa em uma gama de produtos, com baixo desperdício e mínimas emissões. É aplicado à indústria que transforma matérias-primas provenientes de fontes renováveis (bagaço de cana, bambu, palha de cereais, madeira, licor negro kraft, etc.), em produtos com maior valor agregado (energia, materiais e produtos químicos).
Fazendo vários produtos, a biorrefinaria pode maximizar o valor derivado da matéria-prima. No entanto, o conceito de biorrefinaria tem sido muito debatido na atualidade, tendo em conta os seus possíveis impactos no agronegócio e em particular na indústria de celulose e papel. No que se refere à indústria de celulose e papel, existem duas estratégias de biorrefinaria:
(1) a transformação completa da biomassa, gerando produtos com alto valor agregado, assemelhando-se ao que é feito em refinarias petroquímicas;
(2) conversão eficiente de alguma fração de biomassa em combustível energia, materiais e / ou produtos químicos, e usando a fração restante para produzir celulose.
O conceito de biorrefinaria tem sido aplicado há décadas pela indústria de celulose sulfito, onde o licor residual é utilizado para gerar produtos de alto valor, como sulfonatos, ácido acético, etanol, furfural, etc. Em menor proporção, também a indústria de celulose sulfato (Kraft) aplica esse conceito para a recuperação do licor negro (vapor / energia), óleo de terebintina e tall oil. O preço elevado do petróleo e a escassez previsível deste recurso têm incentivado grandemente o estudo das técnicas de biorrefinaria.
Palestrantes Confirmados
- Angel Martinez: CSIC-CIB, Espanha
- Celso Foelkel: Celsius Degree, Brasil
- Dario Grattapaglia: EMBRAPA, Brasil
- Eric Xu: Andritz, EUA
- Hasan Jameel: Universidade do Estado da Carolina do Norte, EUA
- Hebert Sixta: Aalto University, Finlândia
- Honghi Tram: University of Toronto, Canadá
- José C. Del Rio – CSIC-IRNAS, Espanha
- Lewis Shackford: GL&V, EUA
- Marco Antônio de Andrade: Andritz, Brasil
- Mikael Lindström: KTH, Suécia
- Mike Paleologou: FPInnovations, Canadá
- Paulo Pavan: Fibria S.A., Brasil
- Peter Axegård: Innventia, Suécia
- Peter Hart: MeadWestvaco, EUA
- Raymond Francis: SUNY, EUA
- Tamminen Tarja: VTT, Finlândia
- Tapani Vuorinen: Aalto University, Finlândia
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