As obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, um projeto gigantesco na floresta amazônica que gerou uma grande polêmica no Brasil por seus possíveis danos ao ecossistema, começaram nesta segunda-feira, informaram fontes oficiais.
O consórcio Norte Energia iniciou os trabalhos do terreno onde será construída a represa, no município de Altamira (estado do Pará) às margens do rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas, informou a estatal "Agência Brasil".
Belo Monte custará US$ 10,6 bilhões e gerará 11,2 mil megawatts nas épocas de cheia, segundo os cálculos do Governo, por isso que será a terceira maior represa do mundo, atrás da de Três Gargantas (China) e Itaipu, compartilhada por Brasil e Paraguai.
A obra causou receios entre os ecologistas, os camponeses e índios que vivem na região, que temem que se degrade a qualidade das águas o rio Xingu pela imensa parede de cimento que se levantará e que obrigará a inundar cerca de 516 quilômetros quadrados de floresta expulsando de suas casas cerca de 50 mil pessoas.
Há duas semanas, um juiz federal cancelou a permissão prévia às obras porque entendeu que o organismo ambiental do Governo o concedeu de forma apressada, sem que o consórcio de construtoras apresentasse garantias sobre dezenas de requisitos, incluindo os planos para a recuperação das zonas degradadas.
No entanto, outro juiz anulou essa ordem quando o Governo apresentou a apelação e voltou a conceder permissão para o início dos trabalhos desta obra, que as autoridades consideram como essencial para o desenvolvimento da região amazônica.
Os opositores ao projeto advertem que a represa ameaçará 372 espécies de peixes que vivem no rio Xingu e consideram que a obra é demais custosa para o volume de energia que se pode gerar.
Fonte: Uol economia
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